Síndrome do sono insuficiente pode levar a ansiedade e depressão

O Dia Mundial do Sono, celebrado em 2023 nesta sexta-feira (17), tem como tema “O sono é essencial para saúde”. A primeira comemoração da data ocorreu em 2008 a fim de chamar a atenção para a conscientização e promoção da saúde do sono.

Neste ano, o apelo global organizado pela Sociedade Mundial do Sono  tem o objetivo de diminuir o peso que os problemas do sono provocam na sociedade, por meio da prevenção e do tratamento.

Neste dia, profissionais de diversas especialidades médicas de 70 países se organizaram para realizar atividades locais e nacionais que demonstrem que o sono é considerado pilar fundamental da saúde humana, tanto do corpo quanto da mente.

No Brasil, de 13 a 19 de março, profissionais de saúde estão participando de palestras, cursos e divulgação dentro de universidades. Já o público em geral tem à disposição informações online sobre a importância de dormir bem.

A Associação Brasileira do Sono (Absono), a Associação Brasileira da Medicina do Sono (ABMS) e a Associação Brasileira de Odontologia do Sono (Abros) lançaram, em conjunto, a Cartilha da Semana do Sono – 2023 com explicações e dicas à sociedade.

A publicação mostra que é durante o sono que ocorrem as principais funções restauradoras, como reposição energética, hormonal, reconstituição de tecidos e sínteses de proteínas.

Distúrbios do sono

Existem mais de 100 distúrbios do sono. As três associações brasileiras associadas ao sono (Absono, ABMS e ABOS) afirmam que ter uma boa noite de sono vai contribuir para melhorar a qualidade de vida e pode reduzir o risco de doenças cardiovasculares (arritmias e hipertensão arterial) e diabetes; manter o peso corporal saudável, evitando a obesidade; fortalecer o sistema imunológico; liberar hormônios; consolidar a memória, concentração e aprendizado; regular o humor, diminuir o risco de depressão e ansiedade; reduzir o estresse; diminuir o número de acidentes, como os de trabalho e de trânsito.

A fadiga causada pela privação do sono ou pelo sono de baixa qualidade pode sobrecarregar física, mental e emocionalmente, com alterações do humor. A psicóloga clínica comportamental e mestre em Medicina do Sono, Mônica Müller, explica a evolução dos quadros de má qualidade do sono, com quatro sintomas principais. “Na insônia inicial, a pessoa tem dificuldade para conciliar o sono. O segundo sintoma é a dificuldade de manutenção. O terceiro é a insônia terminal, com despertar precoce - o indivíduo acorda antes do horário desejado/programado e não consegue voltar a dormir. Por fim, o quarto sintoma é o sono não reparador, com queixas de fadiga, cansaço extremo, o que dificulta à pessoa funcionar [bem] durante o dia”.

Transtornos cognitivos

O sono de baixa qualidade pode dificultar a atenção, concentração, memória, o aprendizado, planejamento, a tomada de decisão, o raciocínio lógico, a imaginação, criatividade e capacidade de reter novas informações.

Com 23 anos de experiência no assunto, Mônica Müller tem percebido pacientes impactados pelo hábito nocivo da privação intencional do sono, provocado pelo acúmulo de tarefas. “São pessoas que trabalham até mais tarde, que utilizam a noite para fazer outras tarefas, que, muitas vezes, não conseguem se organizar durante o dia. Elas acabam se privando de sono, porque no dia seguinte precisam acordar cedo. Elas têm outros compromissos. Então, é preciso considerar que fadiga gera essa sobrecarga. E o sono de má qualidade, se é mantido durante muito tempo assim, vai repercutir negativamente no funcionamento tanto mental, quanto físico”.

Mônica detalha algumas consequências negativas dessa chamada síndrome do sono insuficiente. “São alterações do humor, em especial para pessoas que apresentam pré-disposição ou já têm transtornos psiquiátricos, sendo os carros-chefe a ansiedade e a depressão. Ela cita ainda o transtorno do humor bipolar, onde a privação de sono é extremamente danosa e pode desencadear episódios de mania. A fadiga e o cansaço extremo precisam ser evitados a todo custo.”

Transtornos respiratórios - ronco e apneia

Mônica também fez uma associação direta de prejuízos cognitivos aos transtornos respiratórios, principalmente a apneia do sono, que é a interrupção da respiração por dez segundos ou mais durante a noite. O distúrbio é considerado grave e perigoso, pelo risco de óbito. “Nessa parada respiratória, a pessoa não tem uma boa oxigenação do sangue. Como consequência da dessaturação do oxigênio, acaba sendo levado gás carbônico ao cérebro. O prejuízo na circulação nessa área mata, literalmente, as células nervosas”.

Nesta semana, a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) divulgou levantamento, realizado em fevereiro deste ano, que mostra que a baixa qualidade do sono representa 25% das queixas nos consultórios de otorrinolaringologia no Brasil. O mapeamento, feito com 430 médicos de todo o país, considerou os atendimentos realizados por esses especialistas entre 2020 e 2023.

Quase 94% das queixas recebidas pelos otorrinolaringologistas estão relacionadas a roncos e à apneia obstrutiva do sono. O coordenador do Departamento de Medicina do Sono da ABORL-CCF, Danilo Sguillar, considera o percentual bastante expressivo. "Mais de 930 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem da apneia obstrutiva do sono”. O médico enumera os efeitos nocivos da interrupção da respiração: “além da parada respiratória, os sinais mais comuns desse problema são o ronco alto, a sonolência diurna e as alterações cardiovasculares e metabólicas como pressão arterial elevada, arritmia e diabetes". Por isso, o ronco deve ser considerado sinal de existência de apneia.

A pesquisa da ABORL-CCF destaca que a faixa etária dos pacientes predominante está entre 40 e 65 anos de idade e há um predomínio (85,2%) do gênero masculino. As queixas em menor número aos otorrinolaringologistas são de insônia, bruxismo, sonolência excessiva e comportamentos como sonambulismo, terror noturno e pernas inquietas. Por isso, a categoria defende a boa respiração pelo nariz.

Durante a pandemia, o estudo revelou que a insônia ganhou destaque nos consultórios. Representou 47,7% das queixas, percentual maior que o das reclamações de ronco e apneia. O médico projeta um quadro de melhora. “Agora, as informações mais sólidas, a vacinação que vem ganhando cada vez mais projeção, com a quarta e quinta doses, fazem com que a gente crie mais confiança, uma relação de mais estabilidade e, obviamente, isso se reflete no nosso sono. Então, seguramente, os próximos meses, os próximos anos vão fazer com que essas queixas relacionadas a insônia, aos pesadelos vão perder destaque”.

Para quem já tem apneia, a otorrino especialista em Medicina do Sono em Brasília, Aliciane Mota, aconselha: “de forma geral, o paciente pode dormir de lado. A maioria se beneficia com o decúbito lateral, porque existe a apneia com um componente posicional. E quando você se coloca de barriga para cima, tende a ter mais apneia. Vale também levantar a cabeceira, não com travesseiro comum. Sugiro aqueles em formato triangular”.

Qualidade do sono

Os especialistas explicam que a necessidade e o limite de horas de sono podem ser diferentes de pessoa para pessoa e são variáveis em cada fase da vida, conforme as alterações hormonais. Um recém-nascido, por exemplo, passa de 14 a 18 horas por dia dormindo, consideradas essenciais ao desenvolvimento, sobretudo, neurológico. Nas crianças, o sono contribui na liberação do hormônio do crescimento. Já a adolescência é caracterizada por uma situação passageira de mudança de padrão do sono. Nessa faixa etária, os adolescentes precisam dormir mais horas (de 8 a 10), com a tendência de dormir e acordar mais tarde. Em tese, os adultos necessitam, em média, de 8 horas de sono por dia. E com o avanço da idade, podem acordar mais vezes à noite e há maior propensão para dormir e acordar mais cedo. Durante o dia, os cochilos podem ser mais frequentes neste momento da vida.

O sono é dividido em duas fases: o sono não REM (Rapid Eyes Movement) e o sono REM. Os estágios do sono se alternam durante a noite. No sono não REM são quatro estágios:

1: Sono de transição: marcado pelo adormecimento. Nesta transição entre estar acordado e dormindo, há relaxamento dos músculos e pode ser caracterizado por cochilos;

2: Sono leve, com a diminuição dos ritmos cardíacos e respiratório e da temperatura corporal;

3: Sono intermediário: a atividade cerebral começa a diminuir e o corpo começa a entrar em um sono profundo;

4: Sono profundo: fundamental para o descanso do corpo, com a liberação de hormônios e recuperação de células e órgãos.

Após o quarto estágio, o corpo caminha para o sono REM, com atividade cerebral intensa. É a fase dos sonhos, fixação da memória e o descanso profundo, essencial para a recuperação e o acordar disposto.

Recomendações

Para dormir bem à noite, os médicos recomendam hábitos saudáveis de higiene do sono:

· ir para o quarto somente quando estiver sonolento (a), para não ‘fritar’ na cama;

· manter uma rotina regular de horários para deitar e se levantar;

· reduzir ruídos e manter o ambiente escuro à noite;

· se necessitar levantar no período noturno, usar lâmpadas adequadas nos ambientes, evitando a luz branca;

· manter a temperatura agradável no quarto;

· evitar o uso de medicamentos para o sono sempre prescrição médica;

· manter fora do quarto animais de estimação que podem atrapalhar o sono;

· cerca de duas horas antes de ir para a cama, evitar o uso de telas (TV, celular e computador);

· evitar alimentação pesada próximo ao horário de dormir;

· evitar o uso de bebidas alcóolicas e com cafeína, como café, chás preto, branco e mate, chocolate, guaraná e outros termogênicos;

· evitar alimentos com glicose

· praticar exercícios físicos regularmente, mas, evitá-los três a quatro horário de deitar;

· perder o excesso de peso corporal;

· não dormir em excesso durante o dia para acumular cansaço físico e mental para a noite

· não fumar;

Para quem já apresenta dificuldades para pegar no sono ou se manter dormindo:

·  não permanecer muito tempo na cama acordado;

·  ao acordar no meio da noite, evitar conferir o horário

·  se tiver os pés frios, usar meias para dormir;

·  não pensar em preocupações diárias ao se deitar;

· evitar discussões e polêmicas, no início da noite.

Ajuda profissional especializada

A otorrino Aliciane Mota aponta que diante dos transtornos do sono, em especial a apneia, é fundamental procurar com urgência a ajuda de um profissional com atuação em Medicina do Sono. “Procure um médico. Para o tratamento, ele vai precisar de outros colegas da área de saúde. Pode ser um fisioterapeuta, fonoaudiólogo, psicólogo do sono, dentista. Então, há vários braços na área da saúde colaborando.”

A psicóloga Mônica Müller defende a análise individual de cada paciente. “Não significa que todas as pessoas vão receber as mesmas orientações. Cada um tem um ritmo próprio, uma necessidade de sono própria. O profissional específico do sono vai entender, durante o tratamento, quantas horas de sono aquela pessoa de fato precisa”.

E finaliza explicando o que é um tratamento exitoso: o paciente consegue ir para a cama com bastante sonolência, bastante cansaço para que durma rapidamente e mantenha o sono durante a noite toda. Ele vai se sentir, principalmente, reparado durante o dia. Ter disposição para fazer atividades é um termômetro bastante importante”.

Hábitos

Uma pesquisa global sobre hábitos e condições de sono em mais de dez países, feita pela ResMed em janeiro de 2023, com mais de 20 mil indivíduos, mostra que 49% dos brasileiros mantêm o hábito de usar telas para tentar adormecer, seguido pela prática da leitura (34%) e do costume de passar tempo com um familiar ou animal de estimação (20%), antes de dormir.


Estudo aponta que musculação com carga moderada a alta reduz pressão arterial

O treinamento de força, com carga moderada de duas a três vezes por semana, é uma boa estratégia para diminuir a pressão arterial. É o que indica o estudo de pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp). 

Os pesquisadores conduziram uma revisão sistemática da literatura científica sobre o tema com meta-análise. O objetivo foi verificar a intensidade, o volume e a duração do treinamento que garantiriam os melhores resultados. De acordo com os estudos, os resultados eram observados por volta da 20ª sessão de treinamento e os efeitos hipotensivos benéficos duravam até 14 semanas.

"Focamos em estabelecer o volume e a intensidade que fossem suficientes para alcançar uma redução significativa de valores da pressão arterial. Em média, o treinamento de força realizado em oito a dez semanas foi suficiente para uma redução de 10 mmHg sistólico e 4,79 mmHg diastólico", disse Giovana Rampazzo Teixeira, professora do Departamento de Educação Física da Unesp de Presidente Prudente e coordenadora do estudo.

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte e a hipertensão responde por 13,8% delas. A condição é considerada um problema quando os níveis ficam acima de 140 milímetros de mercúrio (mmHg) de pressão arterial sistólica e acima de 90 mmHg de pressão diastólica. A doença é desencadeada por hábitos como sedentarismo, má alimentação, consumo de álcool e tabagismo.


Com alta de até 18%, planos de saúde podem sofrer maior reajuste em 2 décadas

Os planos de saúde devem passar por um reajuste ainda este mês. De acordo com especialistas, após a majoração no preço dos remédios, os contratos da saúde suplementar devem ficar entre 15% e 18,2% mais caros. A mudança supera o recorde de 13,57% registrados em 2016. 

Conforme noticiou o jornal O Globo, o reajuste é o maior já determinado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), desde que passou a regular o setor, em 2000.

No ano passado, os planos individuais tiveram uma redução de 8,19%, devido à diminuição no uso dos serviços médicos em 2020, em razção da pandemia da Covid-19. O aumento começa a valer em maio e é aplicado no aniversário de contrato do cliente.

Um relatório do BTG Pactual estimou em 15% a correção, enquanto o Estudos da Saúde Suplementar (IESS) apontou que o índice pode chegar a 18,2%. A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) estima um reajuste de 16,3%.


Falta de documentação afasta parte da população africana da vacinação

A insuficiência de registros civis na África poderá excluir milhões de pessoas da vacinação contra a covid-19 por falta de acesso a documentação e serviços de saúde, indica estudo da Fundação Mo Ibrahim, que promove a qualidade da governança na região.

Segundo o estudo "Covid-19 na África: um caminho difícil para a recuperação", mais de 50% das crianças nascidas no continente não têm existência legal por falta de registro, serviço que foi prejudicado ou interrompido durante a pandemia.

Estimativas dos autores do estudo mostra que o número ultrapassará 100 milhões de crianças sem registro até 2030, se não houver investimento no setor.

Atualmente, o registro de nascimento é gratuito em apenas quatro dos 24 países da África Ocidental e Central, e os custos podem desincentivar o seu uso e prejudicar a campanha de vacinação.

Sem registro civil, os cidadãos não têm documentos de identificação, nem acesso aos serviços de saúde públicos, o que pode inviabilizar o acesso à imunização.

O trabalho cita a Organização Mundial da Saúde, que estima que o número de casos de infecção e mortes associadas à covid-19 no continente estão bastante acima do que é notificado oficialmente.

A insuficiência nos registros civis tem impacto nas medidas para controlar a pandemia ou avaliar os resultados, alertam os autores.

"Enquanto não houver dados relevantes e robustos, é muito difícil definir uma política pública e avaliar se ela está na direção certa. É por isso que criamos o Índice Ibrahim de Governança Africana e temos defendido constantemente, no últimos dez anos, o investimento nos sistemas de registo civil", afirmou a diretora executiva da Fundação Mo Ibrahim, Nathalie Delapalme.

Cabo Verde é o país africano com melhor desempenho nessa área, tendo Moçambique, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Angola e Guiné Equatorial registrado melhorias desde 2010.

Entre os desafios identificados no continente estão cuidados de saúde mais acessíveis, maior preparação para futuras pandemias, investimento na educação e sistemas de apoio social, combate à discriminação de gênero, promoção da liberdade de imprensa e do acesso à internet, expansão das redes elétricas e infraestrutura de transporte. 

"O impacto da covid-19 trouxe à tona um espectro de desafios complexos de governança que as nações africanas enfrentam", destacou o presidente da fundação, o empresário e filantropo sudanês Mo Ibrahim, que espera que o estudo ajude políticos, o setor privado e a sociedade civil a "colocar a África de volta no caminho da recuperação".






Governo confirma que Brasil irá receber 36 milhões de doses da Janssen até o fim do ano

O Ministério da Saúde confirmou no sábado (16) que o Brasil irá receber 36,2 milhões de doses da vacina Janssen até o final de 2021.

De acordo com a CNN Brasil, além da confirmação do Governo Federal, a Johnson & Johnson, fabricante do imunizante, garantiu o cumprimento do contrato firmado para a aquisição de 38 milhões de doses neste ano.

O país já recebeu 3 milhões de doses da vacina por meio de doações do governo dos Estados Unidos. No Brasil, a Janssen vem sendo aplicada na população adulta, por ter apenas a autorização para uso emergencial;

Até o momento, o Ministério da Saúde não informou como será a aplicação do novo lote do imunizante. Em recente entrevista, o ministro da Saúde Marcelo Queiroga, afirmou que caso a Janssen não consiga o registro definitivo junto à ANVISA, as doses poderão ser doadas para outros países.

“Acredito que a Janssen não vai ter dificuldade nenhuma para obter um registro definitivo. Mas qualquer dose, se nós tivemos um excedente de doses, uma das possi

 


Vinte municípios da Bahia se anteciparam e começaram a aplicar terceiras doses

Na Bahia, 20 municípios se anteciparam ao Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação (PNO) e avançaram na Campanha de Imunização contra a Covid-19 com a aplicação de terceiras doses. Em todo o estado, 44.407 foram distribuídas com esse objetivo e 30% do total foram aplicadas. O índice equivale a 13.583 doses. As informações constam na plataforma de acompanhamento dos indicadores da pandemia da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab).

A Comissão Intergestores Bipartite (CIB) da Bahia abriu possibilidade para a antecipação da dose de reforço (3ª dose) no fim de agosto. A decisão foi tomada após a identificação da presença da variante Delta no estado e contempla idosos de 80 anos ou mais; idosos que vivem em Instituições de Longa Permanência (ILPI); indivíduos imunossuprimidos; e profissionais de saúde ativos da linha de frente, com idade acima de 60 anos.

Sob o mesmo argumento, o Ministério da Saúde já havia anunciado poucos dias antes a aplicação da terceira dose ou dose de reforço da vacina contra a Covid-19 com o início da aplicação previsto para 15 de setembro, esta quarta-feira.

De acordo com a Sesab, não há uma orientação da pasta para a aplicação de terceiras doses. “A estratégia cabe a cada município, embora as doses - reforço e 1ª - estejam sendo aplicadas simultaneamente”, informou.

A CIB estabeleceu que as doses de reforço devem ser aplicadas com intervalo mínimo de seis meses em relação à última dose, no caso de idosos, pessoas institucionalizadas e profissionais de saúde. Já para pessoas imunossuprimidas, a 3ª dose deve ser aplicada com intervalo de 28 dias em relação à última dose. A imunização deverá ser feita, preferencialmente, com a vacina da Pfizer ou, de maneira alternativa, com Janssen ou AstraZeneca.

Na plataforma da Secretaria da Saúde, 199 municípios constam entre os que receberam doses para a terceira aplicação.

Aqueles que já aplicaram doses de reforço são: Salvador (12.565 terceiras doses); Presidente Dutra (59); Tanque Novo (78); Mortugaba (72); Alagoinhas (330), São Desidério (50); Ruy Barbosa (81); Formosa do Rio Preto (29); Várzea da Roça (21); Várzea do Poço (16); Itaberaba (59); Caetité (57), Jacobina (55), Lagoa Real (9); Tabocas do Brejo Velho (8); Bom Jesus da Lapa (55); Correntina (29); Cistópolis (6); Itaeté (3); Filadélfia (1).

No início desta semana o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, criticou estados e municípios por avançarem na Campanha de Imunização contra a Covid-19, descumprindo o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação (PNO). “Isso não é uma aposta de corrida de Fórmula 1”, declarou o titular da pasta nesta segunda-feira (13)


Agência reguladora do Chile aprova uso da CoronaVac em crianças acima de 6 anos

O órgão chileno similar à Anvisa e responsável pela regulação medicamentos no país aprovou o uso da vacina contra a Covid-19 CoronaVac para crianças de mais de seis anos. A definição aconteceu na segunda-feira (6). As informações são de reportagem da Agência Reuters.

A CoronaVac foi desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac. No Brasil, as pesquisas e a produção do imunizante ocorrem em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo. O laboratório já apresentou pedido à Anvisa para uso da vacina em crianças e adolescentes, mas o órgão sanitário rejeitou a solicitação. Antes do Chile, o uso da Coronavac em crianças e adolescentes foi aprovado de forma emergencial na Indonésia e na China.

De acordo com a reportagem, com a decisão da agência do Chile, as crianças de mais de seis anos poderão ser incluídas na campanha de vacinação do país.

Além da Coronavac, a vacina da Pfizer/BioNTech para crianças acima de 12 anos também foi aprovado no Chile. Segundo a Reuters, mais de 654 mil pessoas nessa faixa etária já receberam ao menos uma dose desde maio.