Maçonaria quer 1,5 milhão de assinaturas para garantir projeto contra corrupção

A Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia (Gleb) espera obter, nos próximos meses, cerca de 100 mil assinaturas para levar ao Congresso Nacional o projeto “Corrupção Nunca Mais”, que tipifica os crimes de lesa-pátria e aumenta a punição para casos de improbidade. No âmbito nacional, os maçons esperam alcançar a marca de 1,5 milhão de apoiadores. Segundo o Projeto de Lei, ficam instituídos como lesa-pátria os crimes que implicam no uso indevido, desvio, malversação ou apropriação de recursos públicos, ou condutas que possam gerar prejuízos ao erário, praticados por agentes públicos ou não. Um dos organizadores da mobilização, Eduardo Andrade explica que o trabalho dentro das lojas Maçônicas já foi iniciado na Bahia. “Somos em torno de 6 mil a 7 mil membros em várias lojas. Já enviamos o material e nosso objetivo é conseguir ao menos 40 assinaturas por irmão. Depois, nós faremos a coleta externa, com ações em pontos estratégicos da cidade, como praças e shoppings”, contou. A primeira ação para o público está prevista para a segunda quinzena de novembro, quando um toldo deverá ser colocado no Campo Grande. “Estudiosos de Direito formularam a lei, que pretende alterar a Constituição e aumenta a punição para os corruptos, além de criar mecanismos em órgãos públicos. Nós precisamos obter assinaturas de ao menos 1% do eleitorado nacional, o que hoje equivale a cerca de 1,5 milhão de pessoas. Todos os estados estão participando e, aqui, nossa meta é de 102 mil. Mas queremos conseguir pelo menos 150 mil. Quanto mais, melhor”, detalhou Andrade. Segundo o membro do projeto, a ideia surgiu depois que a Operação Lava Jato foi deflagrada e despontaram as manifestações no país. “A Maçonaria não quis entrar nas manifestações daquela forma, pois teria um vínculo muito partidário e nós não defendemos nenhum partido e sim o bem do país. Mas nós pensamos que era necessário uma ação que permitisse uma mudança institucional mais significativa”, concluiu. Mais informações podem ser obtidas no site do projeto.

 

Fonte - Bahia Notícias