Membro do Ministério Público da Bahia desde 2000 e concorrendo ao cargo de procurador-geral do Ministério Público da Bahia (MP-BA) pela terceira vez, o promotor Millen Castro desponta para o certame com um discurso atento à centralização de cerca de 45% dos membros do órgão na capital. “Todos os demais municípios ficam com 55%. Isso implica em um esvaziamento de regiões de grande extensão geográfica”, explica. O atual titular da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, em Candeias, conta que a dificuldade de encontrar um promotor titular em certas localidades, acaba sobrecarregando profissionais que acabam responsáveis por responder por todas as cidades da região. “O lema da nossa campanha é exatamente ‘Um Ministério Público de Todos’: Servidores, promotores, procuradores, voltado para população. E quando falamos de população temos que falar de todos os municípios da Bahia”, conta. Em sua carreira no MP-BA, ele passou pelas comarcas de Santana, Serra Dourada, Coribe, Santa Maria da Vitória, Cocos, Correntina, Valente e São Félix. “Conheço praticamente todos os colegas do interior e sei das dificuldades que eles estão vivendo”, opina. Por conta de sua afinidade com a defesa dos direitos humanos infanto-juvenis, Castro também foi convidado para coordenar o Núcleo de Apoio para Implantação, Estruturação e Fortalecimento dos Conselhos de Direitos, Tutelares e Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente (NAIC) do órgão, e, pela mesma razão, tornou-se diretor da Associação Brasileira de Magistrados, Promotores de Justiça e Defensores Públicos da Infância e da Juventude. “O principal papel do procurador-geral de Justiça é saber escolher uma equipe que possa exercer sua atividade. Não só uma equipe de membros que vão exercer cargos de direção, mas estabelecer pessoas chaves nos cargos dos servidores e ter um diálogo sem arestas com toda a população ministerial de membros, e isso eu tenho”, conclui.

 

Fonte - Bahia Notícias