Com prefeita foragida, Justiça determina posse de vice em Bom Jardim

A vice-prefeita de Bom Jardim (MA), Malrinete Gralhada (PMDB), deverá assumir a administração municipal nesta sexta-feira (28), após determinação da Justiça. A posse deverá ocorrer assim que o presidente da Câmara de Vereadores, vereador Arão Silva (PTC), retornar de viagem.

Nessa quinta-feira (27), o juiz Cristóvão Sousa Barros, titular da 2ª Vara da Comarca de Bom Jardim, acolheu o pedido de Gralhada para que ela assuma imediatamente a prefeitura enquanto a prefeita Lidiane Leite da Silva (sem partido) estiver impedida de exercer o cargo.

A cidade está sem gestor municipal há oito dias, quando a prefeita fugiu para se livrar da prisão preventiva a pedido do MP-MA (Ministério Público do Maranhão). Durante a operação Éden, deflagrada pela Polícia Federal, foram presos o ex-marido da prefeita e ex-secretário de Assuntos Políticos, o fazendeiro Humberto Dantas dos Santos, e o ex-secretário de Agricultura Antônio Gomes da Silva.

Nesta quinta-feira, o MP-MA ingressou com duas ações civis públicas pedindo o afastamento da prefeita por atos de improbidade administrativa e a indisponibilidade dos bens pessoais dela.

No mandado de segurança, o juiz destacou que Gralhada deve assumir interinamente o cargo em "proteção do interesse público diante da situação de insegurança social e política que vive a Comunidade de Bom Jardim". A decisão ressalta ainda que a vice assume a administração "enquanto perdurar o impedimento da prefeita".

A vice-prefeita ajuizou, na última quarta-feira (26), mandado de segurança para assumir a prefeitura. Logo após a posse, em janeiro de 2013, Gralhada rompeu com Lidiane e nunca desenvolveu as atividades do cargo de vice-prefeita. Segundo Gralhada, a própria prefeita determinou proibição da sua entrada na prefeitura.

Lidiane é acusada de desviar recursos destinados à merenda escolar, reforma e construção de escolas no município. Após assumir o cargo, a prefeita costumava esbanjar riqueza. Ela postava fotos de viagens, festas, carros e roupas caras nas redes sociais e ainda desdenhava de quem questionava seu poder aquisitivo. Em 2012, Lidiane declarou à Justiça Eleitoral que não possuía bens.

Nessa quarta-feira (26), o STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou o pedido de habeas corpus. A ministra do STJ, Maria Thereza de Assis Moura, negou o pedido de liminar que solicitava informações e determinava vista ao MPF (Ministério Público Federal).

O advogado Carlos Sérgio de Carvalho, que faz a defesa da prefeita, informou que ela iria se apresentar à polícia nessa quinta-feira, o que não aconteceu.

Carvalho disse que está estudando uma nova ação para reverter o mandado de prisão contra Lidiane. A prefeita não tem curso superior e, caso seja presa, deverá ficar em uma cela comum em unidade do sistema prisional do Maranhão.

O advogado disse ainda está avaliando junto com a cliente para que ela renuncie ao cargo.

 

Fonte - Uol Notícias 

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