Desemprego atinge 13,7 milhões de pessoas, diz IBGE

O mercado de trabalho mostrou-se pior do que o previsto no início do ano. A taxa de desemprego do Brasil cresceu para 13,1% no primeiro trimestre de 2018, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) A taxa ficou 1,3 ponto percentual acima da registrada no quarto trimestre de 2017, quando o desemprego estava em 11,8%. Frente ao intervalo de janeiro a março de 2017, quando a taxa foi de 13,7%, houve queda de 0,6 ponto percentual. O resultado ficou acima da média das previsões de 29 consultorias e instituições financeiras consultados pelo Valor Data, que apontava para elevação da taxa para 12,9% no primeiro trimestre de 2018. O intervalo dessas projeções ia de 12,2% a 13,2%. Por conta da sazonalidade do mercado de trabalho, o começo de ano costuma ser marcado por dispensas de temporários contratados no fim do calendário anterior. O movimento também foi notado nos trimestres móveis encerrados em janeiro e fevereiro. A população desempregada -- pessoas de 14 anos ou mais que buscaram emprego, sem encontrar na semana de referência da pesquisa -- era de 13,7 milhões no primeiro trimestre, com aumento de 11,2% em relação aos três meses antecedentes, ou 1,379 milhão a mais de desempregados. Frente ao primeiro trimestre de 2017, o contingente caiu 3,4%. A população ocupada somava 90,6 milhões, com queda de 1,7% perante o intervalo de outubro a dezembro de 2017. Ante o primeiro trimestre do ano passado, houve expansão, de 1,8%. O IBGE apontou ainda que o número de empregados com carteira de trabalho assinada, de 32,9 milhões, caiu 1,2% ante o trimestre final de 2017, o que representa diminuição de 408 mil pessoas. No confronto com o período de janeiro a março de 2017, a queda foi de 1,5%. Já o total de número de empregados sem carteira de trabalho assinada, de 10,7 milhões de pessoas, recuou em 402 mil pessoas em relação ao trimestre anterior, mas aumentou 5,2% no confronto com os três primeiros meses de 2017 (mais 533 mil pessoas). Os trabalhadores por conta própria, que somavam 23 milhões, ficou estável em relação os três meses anteriores. Esse contigente, no entanto, registrou crescimento de 3,8% perante o intervalo de janeiro a março de 2017.  O levantamento do IBGE mostrou também que rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupada foi estimado em R$ 2.169 de janeiro a março, com estabilidade frente ao trimestre de outubro a dezembro de 2017 (R$ 2.173) e em relação ao trimestre inicial de 2017 (R$ 2.169).
 

Fonte - Valor (G1)
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