Deputados avaliam que oposição vai encolher com o efeito Neto

Nas rodas de conversa entre deputados na Assembleia é consenso: com a saída de ACM Neto do jogo de 2018 a banda governista ganha fôlego e a oposição encolhe. Eles dizem  que o sinal vem do número de prefeitos hoje na oposição que, com a expectativa da derrota, os procuram tentando botar uma perninha no governo. 

O deputado Nelson Leal (PP), que é tido como expert nesse tipo de conta, diz que com um candidato competitivo os partidos da oposição fariam de 17 a 19, hoje têm 23. E o governo de 38 a 39, além do PCdoB, que faria dois ou três. Duas vagas que sobram  podem pender para um lado ou outro, a depender da campanha.

Nelson Leal cita o exemplo de 2014, que tinha Paulo Souto candidato a governador líder nas pesquisas o tempo inteiro contra Rui Costa:

— Dos 10 deputados mais votados em 2014, cinco eram do governo e cinco da oposição? Por quê? Porque os dois lados tinha candidatos competitivos. Ou seja, contabiliza-se que a perda será da oposição, com o agravante que, entre os vereadores de Salvador, três são dados como favoritos, como Leo Prates e Tiago Correia, do DEM, e Paulo Câmara, do PSDB, indicativo de que o número de derrotados entre os atuais será maior.

Entre os governistas, alguns brincam. Dizem que Neto prejudicou ao baratear o passe deles. Ou seja, Rui nunca ligou muito para deputado, agora que não vai ligar mesmo...

Jutahy resiste com o Senado

Apesar de não esconder a irritação com a desistência de ACM Neto, o deputado federal Jutahy Magalhães vai manter a pretensão de disputar o Senado como um dos nomes do PSDB, o partido que tem João Gualberto na cabeça. O deputado estadual Adolfo Viana,  candidato a herdeiro dos votos de Jutahy na disputa de uma vaga na Câmara dos Deputados, diz que, apesar da tempestade, nada muda nesse campo.

As emendas como bálsamo 

Se na bancada estadual estima-se que o governo ganha, na federal nem tanto. Entre os políticos se diz que 14 dos 39 opositores a Rui Costa estão bem aquinhoados com as emendas que jorraram de Michel Temer e, por isso, o baque será menor. Mas nem por isso os deputados federais aliados de Neto escondem a irritação. Eles dizem que estavam construindo uma situação bem mais equilibrada. Agora, o barco afundou.

João Leão deve ficar na vice

Na confortável situação de quem pode escolher entre permanecer como vice na chapa de Rui Costa ou disputar o Senado, João Leão tem dito a amigos que está mais inclinado a ficar como vice novamente. Ele conversou ontem com Angelo Coronel (PSD), presidente da Assembleia, nessa mesma linha. Já teve quatro mandatos de deputado federal, 16 anos de Brasília, e prefere ficar mais perto da família.  Coronel está todo animado.

 

Fonte - A Tarde (Levi Vasconcelos)

 

Mulheres visam emplacar ex-ministro Ayres Brito

Um grupo de mulheres, entre elas Ana Rita Tavares, vereadora em Salvador, está em Brasília tentando ‘seduzir’ Carlos Ayres Brito, ex-presidente do STF, hoje ministro aposentado, a entrar na disputa pela Presidência da República, pelo PMB, o 

Partido das Mulheres Brasileiras.

— Ele está balançado. Já disse não a outras siglas, mas, no nosso caso, está pensando.

A carioca Suêd Haidar, presidente nacional da legenda, se diz muito otimista:

— O ministro já tem a convicção de que não somos e nem jamais seremos um partido de aluguel. O que nós queremos é construir uma alternativa para o Brasil. Temos que sair dessa política de ódio, buscando mais ética.

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Esperneio da CPI

A oposição não digeriu bem a decisão de Angelo Coronel (PSD), presidente da Assembleia, de mandar arquivar a CPI da Fonte Nova, requerida por eles. Diz que nunca se exigiu provas para instalar CPI. Ela é quem faz as investigações.

No British Club

Florisvaldo Mattos, o Flori, e João Carlos Teixeira Gomes, o Joca, dois jornalistas top da geração Mapa, serão os homenageados de amanhã no almoço das sextas do Bahia British Club, ou Clube Inglês. Flori porque aniversariou, Joca porque vai lançar lá o novo livro, ‘A Arca dos Meus Tesouros’.

No ninho

O deputado João Gualberto, candidato tucano ao governo baiano, esteve ontem com Geraldo Alckmin, candidato à presidência. Referendou a estratégia de campanha: estrilar o antipetismo.

Fora da lista 

Sempre citado como possível integrante da chapa de Rui Costa como vice, caso João Leão decidisse disputar o Senado, Marcus Cavalcanti, atual secretário da Infraestrutura do estado, está fora do páreo, pois permaneceu secretário.

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