Após posse, Fachin diz que atuará no STF

O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilizeEm sua primeira declaração pública como ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Edson Fachin disse nesta terça-feira (16), após sua cerimônia de posse, que as questões mais complexas a serem enfrentadas por ele serão referentes à manutenção do STF como uma corte constitucional. A fala foi entendida como uma crítica ao grande número de casos que chegam ao STF todos os anos oriundos de outros tribunais. 

"É fundamental, no meu modo de ver, prosseguir essa caminhada na qual o STF já tem se postado de se afirmar cada vez mais como corte constitucional valorizando os juízos de primeiro grau, os tribunais estaduais e dando à jurisprudência brasileira a segurança jurídica e estabilidade que ela precisa", afirmou Fachin.

Emocionado, o ministro disse ainda que espera ter "serenidade e firmeza" para atuar como ministro do Supremo. "Estamos nessa solenidade combinando emoção com missão, e é assim que eu recebi e alegria e a honra de, a partir de amanhã, atuar no STF. E espero ter serenidade e firmeza para cumprir com todos os compromissos da constituição brasileira", afirmou no início da noite desta terça.

O jurista de 57 anos de idade tomou posse como ministro do STF em uma cerimônia curta, que durou menos de meia hora, e que contou com pelo menos 800 convidados. Foram necessárias mais de duas horas para que Fachin e sua mulher, a desembargadora Rosana Fachin, recebessem os cumprimentos dos presentes.

A posse de Fachin foi marcada por um buzinaço que durou pelo menos duas horas realizado do lado de fora da sede do STF por funcionários do Poder Judiciário que reivindicavam aumentos salariais e pela presença de políticos investigados pela operação Lava Jato, como os presidentes da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Fachin recebeu um acervo de pelo menos 1,5 mil processos. Entre os processos que ficarão sob sua responsabilidade está o inquérito que apura se Renan Calheiros pagou despesas da mãe de um de seus filhos, a jornalista Mônica Veloso, com dinheiro oriundo de propina paga pela empreiteira Mendes Júnior.

 

Fonte - Uol Notícias 

 


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